Ainda é importante fazer faculdade em 2023?
Isso depende muito da área em que se pretende trabalhar, e mesmo dos contatos profissionais, espaços de acesso, depende de um contexto maior do que só a vontade de fazer ou não uma graduação. Mas e aí? Em 2023 ainda é importante fazer faculdade? Vamos tentar responder essa pergunta na próximas linhas.
Diversos profissionais se saem muito bem na carreira sem ter curso superior, é verdade, mas nesses casos muitas vezes se tratam de perfis mais autodidatas, ou então pertencentes a ciclos sociais e contextos que estimulam certos aprendizados e direcionamentos, ou mesmo a partir de contatos que deram oportunidades de explorar e aprender na prática.
A verdade é que as pessoas precisam partir de fundamentação para se tornarem profissionais focados em uma área específica, especialmente áreas de maior responsabilidade agregada, em que há inclusive órgãos que precisam validar as competências e especialidades de um profissional.
Mas a temática aqui abordada não se deve a esses cargos e profissões de maior responsabilidade legal ou sobre a saúde e segurança de outras pessoas. Mais precisamente, a proposta aqui não é tratar de carreiras como na engenharia, enfermagem, direito e etc.
A discussão aqui proposta parte do questionamento em vista da quantidade de profissões voltadas à criatividade, ou que possam ser aprendidas através de cursos livres e outras ferramentas tecnológicas derivadas da quantidade de possibilidades e trocas disponíveis internet afora.
Feitas todas essas considerações, para garantir que o leitor está na mesma página sobre o que está em questão na presente pauta, podemos começar a tentar responder de fato essa pergunta.
Porque ainda é importante fazer faculdade
O principal motivo para justificar essa importância na atualidade é o fato de a graduação colocar as pessoas em contato com um contexto rico em elementos capazes de influenciar no desenvolvimento direcionado.
Quando se está inserido na graduação – sobretudo, em cursos presenciais – as trocas constantes tornam a formação não apenas um conjunto de bases técnicas, mas contribuem pouco a pouco na mudança de mentalidade, no se tornar parte da área escolhida para desenvolver e atuar.
A graduação une pessoas que têm objetivos parecidos, mas pontos de vista únicos. A preciosidade disso está no fato de que, quando escolhemos uma área de formação, direcionamos o foco de carreira, mas abrimos uma porta que leva a diversas possibilidades.
Então, obter referências e olhares diferentes se torna muito mais importante do que conseguir tirar as melhores notas na faculdade.
É por isso que se fala tanto em networking. Conhecer e estabelecer trocas com outras pessoas aprofunda o conhecimento de forma imensurável.
E no caso de um perfil mais autodidata?
Mesmo um perfil mais autodidata e curioso tem muito a se beneficiar da estrutura disponibilizada pelas instituições de ensino em uma graduação. Afinal, o processo de aprendizado é muito mais efetivo quando o estudante é curioso, está sempre questionando e pesquisando.
Para estes perfis de estudantes mais engajados, cursos de graduação bem fundamentados vão oferecer caminhos e incentivar ideias que podem demorar muito mais tempo se desenvolvidas de forma solitária.
A parte técnica é muito mais completa na graduação
As trocas interpessoais podem ser consideradas o elemento mais transformador no contexto da graduação, e escolhemos destacá-lo antes de qualquer coisa por ficar evidente que é, sim, o que as pessoas mais levam para a vida profissional.
Mas as instituições de ensino não se estruturam sem a base técnica. E, em função de promover a difusão dessa base da melhor forma possível, os discentes contam com toda uma estrutura e programação pensadas para suprir tudo o que for mais importante dentro de uma formação, incluindo espaços, tecnologias e fontes.
Assim, pode parecer óbvio, mas o ensino superior se torna ainda relevante na atualidade por centralizar um conjunto de insumos essenciais no aprofundamento e formação, que, em outros espaços e de forma autônoma poderiam até ser desenvolvidos, mas demandando uma disposição de recursos da qual muitas pessoas não dispõem.
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