Game-to-Work – Como uma partida de League of Legends pode afetar na rotina de trabalho
Olhando para como os jogos podem interferir em diferentes aspectos da vida, incluindo a experiência no trabalho – o que chamamos de Game-to-Work – entrevistamos algumas pessoas que gostam de jogar em intervalos da escala de trabalho, sobretudo no horário de almoço, para entender um pouco mais sobre como essa atividade pode influenciar na rotina.
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Na correria do dia a dia, para quem tem games como hobbie, encontrar um momento no meio da rotina para se dedicar a ele pode ser tarefa muito complicada. Então, utilizar pausas no trabalho para desestressar, voltando a atenção para uma forma de entretenimento bem diferente da realidade do trabalho, pode ser uma boa alternativa para tornar o dia mais leve.
E, para além de uma atividade voltada ao entretenimento puramente, jogar durante os intervalos do trabalho pode ajudar no processo criativo e até mesmo auxiliar no desenvolvimento de habilidades.
Sendo uma atividade geralmente distinta da realizada no trabalho, jogar e espairecer um pouco pode inclusive interferir na qualidade do trabalho, porque afeta a saúde mental do colaborador.
Pensando nessas hipóteses, entrevistamos alguns colaboradores da Fapuga | Nepuga com experiência jogando durante os períodos de pausa no trabalho para saber melhor como essa atividade interfere em sua rotina, e se percebem alguma influência dos jogos no desenvolvimento das próprias habilidades.
Todos eles relataram algo em comum: jogam ou já jogaram League of Legends, muitas vezes com colegas de trabalho em seus respectivos períodos de almoço. E por isso falaremos mais sobre o tema sob a ótica deste jogo em específico.
Entre tantos jogos possíveis, o LOL é um jogo online com diferentes modalidades de partidas relativamente rápidas, em torno de 30 minutos, além de ser um jogo gratuito e com versão mobile.
Para quem quer jogar com colegas de trabalho, a acessibilidade e a popularidade do jogo tornam fácil montar um time.
Apesar das características que tornam o jogo popular, cada um dos colaboradores entrevistados apontou uma experiência diferente com o game quanto às motivações e como isso afeta na própria rotina.
Mas, começando pelas semelhanças para então destrinchar as particularidades de cada jogador, todos eles enxergaram a necessidade de trabalhar em equipe para alcançar o objetivo em comum.
Durante as partidas de LOL, é preciso ter visão estratégica e capacidade comunicativa com a equipe, são habilidades mesmo decisivas que, através deste e outros jogos em equipe, podem ser melhor desenvolvidas. É o que comenta um dos colaboradores entrevistados:
“Então, quando o time está disposto a colaborar, muitas vezes partidas que pareciam estar perdidas você consegue dar uma reviravolta. Às vezes, a gente consegue ter um mindset, uma sacada, e falar opa espera aí, a gente está martelando muito nisso, e se a gente fizesse aquilo?”, contou o Luis Américo, técnico em informática.
Game-to-Work na Prática
Já o social media Antônio Germano, falou em entrosamento com sua equipe além do jogo:
“Faz tempo que eu não jogo no trabalho, mas quando eu jogo eu me sinto mais entrosado com a equipe, a minha interação aumenta e eu tenho uma sensação de pertencimento, é inteligente também pela questão da inteligência emocional, como se comunicar e etc.”
Para além do desenvolvimento dentro do jogo, já vemos como o que é trabalhado na dinâmica de um campo se estende também para as relações interpessoais no trabalho, quando se fala em pertencimento ou na necessidade de se comunicar com a equipe para alcançar a vitória junto a colegas de trabalho, esses aprendizados também vão sendo naturalmente transferidos para os objetivos em comum dentro da empresa ou projeto.
Aprendizados assim podem ser desenvolvidos desde o modo como as calls são realizadas, através da observação do que funciona melhor na dinâmica da equipe, quem se dá melhor em qual finalidade, se alguém tem o perfil de assumir a liderança, e assim por diante.
Durante uma partida, os jogadores também podem se sentir mais à vontade para explorarem habilidades que não se sentem confortáveis no universo do trabalho. Afinal, os games são cheios de mecanismos de recompensa, um ambiente propício a explorar e arriscar. E, caso você não seja jogador profissional ou esteja competindo a sério, o que teria a perder?
O estímulo criativo que uma partida pode causar
Tratando sobre como jogar nos períodos de descanso pode afetar a rotina de trabalho, as visões diferem um pouco.
Os relatos variam, mencionando a escolha por jogar nesse período para desopilar das preocupações do dia a dia, ou então contando como a atividade – muito frenética em algumas partidas – deixa o jogadores ainda mais “pilhados”, como conta o web designer Gabriel Saldanha:
“Mentalmente, eu não descansei nada. Mas eu consigo dar atenção para outro tipo de coisa. Então, o foco acaba indo para outro objetivo e, quando eu volto a trabalhar, acaba fluindo melhor do que fluiria se eu ficasse 100% naquilo.”
É largamente difundido o fato de as pausas não apenas ajudarem, mas são em muitos casos essenciais em processos que demandam criatividade.
Como já tratamos aqui no blog, as pessoas aprendem justamente durante as pausas, enquanto recapitulam aquilo que já viram antes. Isto porque, ao tentar lembrar, consolidamos nossas memórias cada vez mais.
Antes de encerrar, vale lembrar que, em caso de sobrecarga de trabalho não é jogar um pouco que vai solucionar as coisas, isso sem falar em possíveis prejuízos causados por tempo de tela demasiado.
No mais, escolher os momentos de pausa no trabalho para jogar um pouco pode trazer diferentes benefícios para o colaborador que gosta dessa atividade. Seja para estimular a criatividade, para desenvolver vínculo com colegas de trabalho ou dar um pause nas questões mais rotineiras, uma partida pode sim, ser uma boa pedida.
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